O ano de 1968 marca uma virada na vida do menino Léon Doré, dez anos. Sua falsa tentativa de suicídio, por enforcamento, fracassa por um fio. Pouco depois, sua mãe neurastênica, que se sente sufocada pelo marido, vai morar na Grécia, deixando seus dois filhos com o pai. Enquanto o irmão mais velho cultiva um rancor surdo, Léon pilha e faz uma bagunça danada na casa dos vizinhos que viajaram de férias, finge ter um problema na vista para justificar as péssimas notas no colégio, arma tramoias, manipula, faz seu pai e todos de bobos. Menos Léa, a jovem vizinha que percebe tudo e que, tendo ela própria contas a acertar com a vida, irá ajudar Léon a roubar o dinheiro para comprar uma passagem de avião para a Grécia.